Camila Fusco, do Facebook, orienta as empresas a estar onde os clientes estão.
No mundo de hoje, as pessoas estão cada fez mais conectadas e todas são clientes em potencial. Sendo assim, as redes sociais se transformaram em grandes vitrines para todos os tipos de negócio. Isso significa que empresas de qualquer porte – principalmente as pequenas – precisam saber explorar o ambiente online.
De acordo com a diretora de empreendedorismo do Facebook para a América Latina, Camila Fusco, qualquer empresa pode gerenciar uma página para ampliar as possibilidades do empreendimento. O principal é entender o que quer fazer, como atingir as pessoas certas e como conversar com elas de maneira adequada.
Confira abaixo os principais trechos de sua entrevista para o Jornal de Negócios do Sebrae.
Qual a importância de uma pequena empresa estar presente nas redes sociais?
A mobilidade não é mais uma tendência, mas sim um hábito no Brasil. A tela do celular é a tela mais pessoal, e os brasileiros passam horas por dia conectados por meio desse dispositivo. No Brasil, são 117 milhões de pessoas utilizando ativamente o Facebook todos os meses, com mais de 90% de acesso pelo celular e 45 milhões acessando o Instagram. Além disso, segundo a commScore, os brasileiros passam 30% do tempo online no Facebook e no Instagram, se conectando com o que mais importa pra eles e isso também inclui marcas, produtos e serviços.
Em uma economia que mudou tanto nos últimos anos, é essencial que pequenas e médias empresas estejam onde os clientes estão, e por isso é necessário que elas tenham uma estratégia móvel.
Um caso interessante é a Beth Bakery, uma padaria 2.0 que surgiu primeiro dentro da plataforma, e que a empreendedora conseguia anunciar os produtos para as pessoas no Facebook. Ela conquistou resultados tão expressivos que acabou expandindo o negócio e montou uma loja física.
O que uma pequena empresa não deve fazer nas redes?
No Facebook, a presença mais básica é por meio de uma página, que é bem diferente de um perfil. Empresas e negócios precisam ter páginas, assim eles conseguem ter acesso a uma série de ferramentas para mostrar seus produtos e serviços para as pessoas certas.
Os clientes valorizam a conversa e uma postura mais consultiva. Se o empreendedor tem uma loja de sapatos, por exemplo, não adianta tentar vender os produtos durante o dia todo. Em vez disso, trabalhe com uma linha de pensamento que ajude a mostrar valor na loja, sugerindo conteúdos que apontem quais roupas combinam com determinada peça.
Outro ponto é estar aberto para conversar diretamente com as pessoas. Por isso, não checar a caia de mensagens com regularidade é um grande erro. Mesmo em um ambiente informal que busca uma proximidade com os clientes, é preciso estar com uma comunicação bem elaborada, com autenticidade, sem postagens com erros, ou fotos mal tiradas que não retratam o produto.
É possível estar nas redes sociais com pouco investimento?
Mais importante do que pensar em investir é ter uma estratégia que sustente o investimento. O pequeno ou médio empreendedor precisa entender o que ele quer fazer, como atingir as pessoas certas e como conversar com elas de maneira adequada. O investimento deve ser interpretado como uma boa forma de aumentar a visibilidade sobre produtos e serviços disponíveis pela marca, uma vez que ela esteja sólida o suficiente, com um negócio bem estruturado.
fonte: Jornal de Negócios Sebrae #282 – outubro 2017
Quando as redes sociais fazem parte de uma estratégia maior de inbound marketing (ou marketing de atração), os resultados acabam superando os investimentos.
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